Guerreiras que assaltam castelos
Os seus paus são espadas
Bárbara a sua paixão
Pauliteiras de Mal
Pauliteiras de Malhadas
Os Pauliteiros de Malhadas têm mais de 100 anos! Ao longo de gerações e gerações, estes grupos de dança tradicional foram exclusivamente constituídos por homens.
Mais recentemente e graças à ousadia das mulheres, a dança tradicional dos pauliteiros ganhou uma nova vida, pois as pauliteiras vieram acrescentar alegria e cor à cultura da Terra de Miranda.
O pai, Hélder Igreja, sempre achou que a dança dos pauliteiros era coisa de homens. Até ao dia, em que foram chamados para uma atuação inesperada, em Moura, no Alentejo.
Para a dita atuação havia sete pauliteiros disponíveis. Mas faltava um para completar a formação de oito. A filha, Micaela Igreja, que já participava no trio musical, ao tocar gaita-de-foles, disse: “Eu danço!”. Dançou na posição de guia e dançou muito bem! Foi graças à dança da Micaela que o pai começou a ensaiar o primeiro grupo de pauliteiras de Malhadas. E já lá vão 11 anos! A dançar!
Enquanto a dança dos rapazes é enérgica e os paus batem-se com mais força. A dança das raparigas é mais graciosa e elegante. Por vezes, eles e elas dançam juntos. E entendem-se bem. Nos ensaios, quando falta alguém é normal ver um pauliteiro ou uma pauliteira a dançar no outro grupo. Até porque, dizem, os “llaços”, ou seja, as músicas, são as mesmas.
Os pauliteiros são tão estimados na aldeia, que lhes dedicaram mesmo uma escultura em ferro, feita com materiais agrícolas e que se encontra exposta num dos largos da aldeia, a que chamam, o largo do pauliteiro. O renovado interesse por esta dança tradicional é tal, que até as crianças já dançam nos grupos dos “pauliteiricos”.
Participam na Sétima Temporada do Got Talent Portugal.
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